Como quando o vento soprava o seu cabelo e ela sorria, escondia todos os seus problemas por trás daquele guarda-chuva colorido que lhe dava certa graça e ela usava-o para ter a graça que não tinha. Quando chovia, era o guarda-chuva que a abrigava de todos os males, de todos os seus medos, de todas as suas angústias. Outrora não caminhava sozinha, ele escondera-se com ela naquele alegre guarda-chuva e juntos, juntos avançavam na tempestade de chuva e vento que puxava os cabelos de ambos, quase como que arrancando. Ninguém sabia. Ninguém desconfiava. Ela disfarçava e sorria. Outrora tinha o seu lado direito preenchido. Outrora ele estava lá. Outrora ele lembrava-se dela. Outrora…