te(n)são

Tudo estava fechado, nenhum vento ousara entrar no quarto, no nosso gelado quarto. Sim, estava gelado. Não sabia se era da tensão que pairava no ar, mais que todo o oxigénio. Nós, tremíamos de frio e os olhos pesavam, fechavam, no entanto, não tínhamos sono. A tensão apoderava-se de todas as minhas forças, das tuas também?, não dizíamos nada, sentia vergonha e medo...
Demorou em acabar, essa noite, pareceu infinita, interminável...

(...)
Aliás, ainda não acabou, todas as noites são assim, com ou sem ti.

2 comentários:

mafalda disse...

há invernos que nunca acabam.

AR¨ disse...

...que nos acompanham toda a vida